sexta-feira, 4 de julho de 2008

Tesourinhos Deprimentes

Nesta velha notícia podemos analisar o negócio da venda das acções no tempo em que este ocorreu. Curiosamente, quer nos valores, quer nas percentagens, tudo bate certo com a acusação do Sr. Luis Alfonso Vigo, o mano desavindo e “ocupa” da quinta com nome de águia…

"Universidade Internacional vendida à Fundação Republicana

Os accionistas da Universidade Internacional acordaram a venda de 52,65% do capital da instituição à Fundação Republicana. O negócio incide sobre os títulos da SIPEC – Sociedade Internacional de Promoção de Ensino e Cultura, sociedade instituidora da universidade, onde estão reunidos os accionistas, professores e fundadores na sua maioria. A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios na quarta-feira.
Segundo o diário, a operação tem por finalidade garantir a continuidade da Universidade Internacional, atingida por graves problemas financeiros. O presidente da mesa da Assembleia Geral da instituição, António Leitão, revelou ao Jornal de Negócios que a universidade tem dois empréstimos, que se vencem no curto prazo, junto da CGD e do CPP, num total de 750 mil euros.
De acordo com o Jornal de Negócios, que cita Souza Brito, advogado da Fundação Republicana, a maioria dos accionistas da universidade já assinou um contrato de compra e venda estando o desfecho do negócio «dependente da verificação de determinados pressupostos de natureza financeira».
A mesma fonte acrescentou que a operação deverá estar concluída no prazo máximo de um mês, escusando-se a avançar o montante envolvido."


A ver em:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=60270

2 comentários:

Anónimo disse...

Negócios há muitos.
Mais uma jogada de bastidores.
Como é que a Polícia não investiga estes malabaristas?
No fim quem vai ficar com as mãos vazias é o advogado espanhol.
Estas fintas sem bolas servem apenas para movimentar dinheiro(s) sujos.
A UI recomenda a todos os alunos o pagamento da propina
BURROS

Anónimo disse...

Patrão da Universidade Internacional está sob investigação

O empresário espanhol Javier De Vigo, ligado à Universidade Internacional (possuidora de um pólo na Figueira da Foz), está a ser investigado pelo Ministério Público, na sequência de denúncias de alegadas ilegalidades cometidas na gestão da instituição, revelou o DN.

Uma das acusações de que o cidadão espanhol é alvo partiu de um irmão, Luís Vigo, que se queixa de ter sido burlado em cerca de 700.000 euros, alegadamente destinados à compra de uma participação maioritária na Sociedade Internacional de Promoção de Ensino e Cultura.

O jurista Américo Baptista (ex-vereador da Câmara da Lousã) e o empresário espanhol (cuja SIPEC gere a Universidade Internacional) ascenderam, em 2005, à Direcção da entidade detentora do alvará da Escola Universitária de Vasco da Gama (a ACSJM - Associação Cognitária de São Jorge de Milreu).

O vereador da Câmara de Coimbra Luís Vilar (PS), então eleito para a presidência do Conselho Fiscal da ACSJM, sucedeu, em 2006, a Javier De Vigo, na liderança do organismo (sem fins lucrativos), tendo sido coadjuvado por Américo Baptista.

A Vasco da Gama procurou tirar partido da experiência da Universidade Internacional (vide a nossa edição de 02 de Fevereiro de 2006), tendo cabido a Américo Baptista e a Javier De Vigo garantir a afinidade entre as duas instituições.

A Associação Cognitária passou a contar, em 2005, com novos membros da confiança de Américo Baptista, entre eles os autarcas socialistas de Coimbra Luís Vilar e Abílio Vassalo Abreu.

Victor Baptista, líder distrital do PS/Coimbra, deputado, vereador e ex-governador civil de Coimbra, já era, na altura, membro da Sociedade Mosteiro de São Jorge, Construções, e da Associação Cognitária, sendo esta inquilina daquela em virtude de a Vasco da Gama funcionar num prédio de que é proprietária a referida firma.

A avaliar por uma denúncia enviada ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), a que o DN teve acesso, Javier De Vigo contactou o irmão, advogado bem sucedido em Espanha, no sentido de lhe propor a compra, por 700.000 euros, de 52,57 por cento das acções da Sociedade Internacional de Promoção de Ensino e Cultura, assumindo o risco de tentar renegociar as dívidas da instituição.

Porém, os regulamentos internos da SIPEC impediam que um só accionista controlasse mais de um quarto do capital. Por isso, segundo a denúncia, o negócio foi organizado da seguinte forma: 25 por cento das acções ficariam em nome do queixoso, 25 por cento na posse da Fundação Republicana (a criar para o efeito) e 2,57 por cento caberiam a Ana Maria Silveira Machado.

Só em Fevereiro de 2004, no regresso de uma viagem ao Brasil, Luís Vigo se apercebeu que o irmão lhe teria «passado a perna». Na altura, conta ele, em troco da desistência de uma acção, foi-lhe proposto um acordo em que o irmão se comprometia a transferir para o seu nome 25 por cento das acções, sendo-lhe ainda garantida a restituição de cerca de 300.000 euros de capital investido e concedida uma opção de compra, em 2009, de uma quinta em Sacavém de que a SIPEC é proprietária.

A queixa, entregue há cerca de meio ano, visa, além de Javier De Vigo, outros elementos ligados à Sociedade Internacional de Promoção de Ensino e Cultura e um funcionário do balcão do banco onde foi aberta a conta da Fundação Republicana.

Luís Vigo afirma, entretanto, ter-se apercebido de que “nunca esteve em causa uma venda da SIPEC”, mas apenas uma transferência temporária da sua gestão, e diz estar a preparar outra denúncia envolvendo accionistas inicialmente envolvidos no negócio como vendedores.

Segundo o DN, além desta queixa, Javier De Vigo é arguido no âmbito de outro processo sobre a actividade da SIPEC, resultante de uma queixa feita, entre outros, pelo empresário Américo Baptista.

Texto de CP